quarta-feira, 27 de abril de 2011

Até quando?

Por Fernando Cintra twitter.com/fernando_cintra

Hoje eu quero falar de hospitais que não funcionam, do aumento de vereadores na câmara municipal, de crianças famintas, de igrejas bitolando pessoas no horário nobre da TV, da prisão de Guantánamo, de paraísos fiscais que todo mundo finge que não vê, dos casos de AIDS na África, de um palhaço no poder. Quero falar do aumento das vagas em universidades e da deficiência na estrutura nas mesmas. Quero falar dos jovens que não estudam e que saem de casa aos 14 anos para jogar futebol na europa. Hoje eu preciso falar da nossa falta de tempo, do nosso egoísmo e do capitalismo. Do tênis que eu compro cujo valor é o mesmo que um pai de família gasta para sustentar (muito mal) os seus dependentes. Aproveitando, queria falar também do termo “classe social” que, para mim, dispensa comentários. Hoje é dia de comemorar a fusão de duas características cruciais em nossa política: “ignorância” e “poder”.

Educação? Não posso me esquecer dos jovens que exageram no consumo de álcool e drogas para preencherem um espaço vazio que eles não sabem de onde vem, da banalização do sexo e da falta de compromisso com nossos companheiros... Quero falar de um país onde falar sobre política na juventude é caretice, é falta do que fazer.

Quero falar de saúde, onde dentista é para ricos e psicólogo é para doentes mentais. Onde há contrabando de órgãos enquanto pessoas inocentes morrem na fila para transplantes. Quero falar da nossa falta de altruísmo, dos bancos de sangue escassos e da coleta seletiva que nunca funciona.

Falando nisso tudo, não poderia deixar para trás a grande responsável por isso tudo: a nossa passividade. Isso não vem de 20, 30 ou 40 anos atrás... Isso vem desde a nossa independência que foi comprada. E o pior: estamos acostumados e acomodados com esse fato. Rimos no horário eleitoral para depois votarmos no Maluf, Tiririca. Aliás, hoje se fala muito do pobre palhaço que fora eleito deputado na última eleição... De Tiriricas no poder o país está cheio, ele só está um degrau acima dos demais.

Para terminar, deixo um trecho da música “Até Quando” de Gabriel Pensador:

“Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro”

2 comentários:

  1. De Tiriricas no poder o país está cheio

    E o Tiririca de capelinha? Quem é? rsrsrs

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  2. "E o Tiririca de capelinha? Quem é? rsrsrs " ..Eu acho que quem faz papel de palhaço sao os eleitores de Capelinha que pagam um bom salario para manter estes parasitas e que suporta apenas comentando o fato escondidinho.Por muito menos,muitas cidades botam é fogo na camara dos vereadores .Povim Palhaço este desta cidade!Seus Tiriricas!

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