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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

As Câmaras Municipais e o jeito velho e cansativo de fazer política





Por Alexandre Macedo*

(Texto publicado originalmente na Revista Avisa, 4ª ed., Dez/2012)


Quem algum dia já freqüentou uma Câmara de Vereadores, com certeza, já percebeu que para participar de uma daquelas reuniões é preciso ter uma “paciência de Jó”. São reuniões longas (em média três horas por sessão), um “blá-blá-blá” infindável, bate-boca, e que, no final, resulta em pouquíssimos projetos de interesse público. Mas o que as Câmaras adoram mesmo fazer (isso ninguém pode negar) são as corriqueiras escolhas de “cidadãos honorários” e também mudanças e eleições de nomes de rua. Qual é o cidadão participativo que suporta toda essa canseira? 

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Nestas eleições não se emocione com as "belas" palavras dos candidatos


Na última terça-feira, dia 21 de agosto, teve início o horário político obrigatório no Brasil. Bem, se é obrigatório, é porque não presta. Se fosse coisa boa, não seria obrigatório, e muitos iriam querer assistir. É uma questão de lógica. Por outro lado, assiste quem quer, pois podemos desligar o rádio ou a televisão e não escutar nem assistir nada. No primeiro dia assisti à propaganda de todos os partidos e fiquei emocionado ao ver tanta honestidade, tanta vontade de servir ao povo e tanta criatividade na elaboração dos programas.

Quase cheguei às lágrimas ao ouvir dos candidatos que nosso povo precisa de mais educação, saúde, segurança pública, salários melhores e que precisamos deles para mudar essa situação. Votem em mim para mudar! Como temos homens despojados, de alto nível e com força de vontade para trabalhar pelo povo! Como somos um país privilegiado por ter uma classe política tão humanitária e imbuída do dever para com o próximo!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Partidos políticos e suas ludibriações: a arte de fazer o povo de palhaço


 “Há homens que são de todos os partidos, 
contanto que lucrem alguma coisa 
em cada um deles”.
(Marquês de Maricá)


Por Alexandre Macedo
alexandrefernandesmacedo@gmail.com

Segundo a Constituição e a Lei n.º 9.096/95, ao partido político cabe assegurar, no interesse do regime democrático,  a autenticidade do sistema representativo” e “defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal”. Esse seria, em lei, o papel do partido.




Em sua origem, os partidos foram criados para que, grupos de trabalhadores organizados pudessem, em coletivo, buscar com que suas ideologias de sociedade ganhassem força e chegassem a se concretizar quando, na disputa democrática, fizessem valer a vontade de todos aqueles que elaboravam os projetos e ideias dentro do partido. Os partidos, quando foram projetados, tinham como objetivo a constante formação política de todos as pessoas que quisessem participar da vida cidadã dos lugares onde moravam, fazendo com que assim tais sujeitos sejam esclarecidos de seus direitos para poderem exercer a cidadania de forma qualificada. Tinham também como ideal a defesa por projetos de sociedade como: a luta pela efetivação do socialismo, outro lutava pela "humanização" do capitalismo, outros pela preservação do meio ambiente, etc. Hoje, são todos uma coisa só! O que querem é poder, serem eleitos. Para não cair no risco de uma total generalização, faço exceção de dois partidos que ainda não estão corrompidos, mas deixo a vocês a tarefa de descobrir quais são.


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Metendo a boca no... ops! Metendo o dedo no teclado!



Por Alexandre Macedo
alexandrefernandesmacedo@gmail.com


Recentemente, o blog Capelinha_MG chamou a atenção sobre alguns jovens capelinhenses que estão socializando protestos nas redes sociais (ver postagem aqui). Realmente essa maneira de reivindicação vêm ganhado, a cada dia mais, a adesão das pessoas. 

Esse modo de protesto têm conquistado cidadãos do mundo inteiro e têm produzido resultados bastante eficazes.Alguns sociólogos denominam esse fenômeno de "democracia 2.0", ou seja, a democracia já não é a mesma depois da imensa onda das redes sociais.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Ficha Limpa Aprovado: O poder emanou do povo


Por Alexandre Macedo
alexandrefernandesmacedo@gmail.com

Os brasileiros ganharam nessa semana, talvez, o maior presente político de toda a história do país. Acreditem! Aprovar a Lei Limpa num país com todo esse histórico de corrupção era quase como uma lenda como "Ali Babá e os quarenta ladrões" ou " Peter Pan na terra do Nunca". Foi preciso mais do que a própria fé para acreditar que tal projeto de lei chegasse até o final integralmente aprovado, e ainda mais, válido para este ano de 2012 para as eleições municipais.

É minha gente! Essa é a prova de que o Brasil realmente tem jeito e pode acabar de uma vez por todas com todo esse histórico de corrupção que nos assola e devasta desde que as primeiras caravelas portuguesas aportaram na ilha de Vera Cruz. 

sábado, 31 de dezembro de 2011

Que nossa política também seja nova



Para ganhar um Ano Novo 

que mereça este nome, 
você, meu caro, tem de merecê-lo, 
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, 
mas tente, experimente, consciente. 
É dentro de você que o Ano Novo 
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de  Andrade
Por Alexandre Macedo

Muitos perguntam: O MMC acabou?! Nada disso! A ideia está mais viva do que nunca! Desacreditar da mudança culminaria numa espécie de desesperança, desistência, cansaço, etc; coisas que não competem a todos aqueles que acreditam numa Política com "P" maiúsculo e que sabem distinguir claramente esta daquela que combatemos tanto, ou seja, a politicagem.

Realizamos uma breve pausa para debater novas ideias, planos de ação para 2012, conversar com pessoas que também partilham do mesmo ideal, etc., mas estamos de volta com o intuito de sempre, enquanto cidadãos que amam Capelinha e todo Vale, levar nossos "pitacos" políticos a fim de se lutar por, pelo menos, um mínimo de ética na nossa política. Desde o início, nossa principal bandeira têm sido a educação política, pois entendemos que política é algo que necessita de debate, informação, qualificação, críticas e reformulações para que aconteça de uma forma legítima e honesta.

Durante quase um ano de Movimento Muda Capelinha pudemos perceber a boa aceitação de todas as pessoas que verdadeiramente sonham com uma verdadeira política longe dos velhos vícios que corrompem toda a dinâmica social de nossas cidades. Pessoas estas que agora acreditam que uma outra cultura política é possível, bastando apenas não mais esperar que nossos anseios sejam todos sanados apenas pelos nossos representantes e sim também pela atuação direta do cidadão na política. Pessoas essas que entenderam que não basta apenas trocar o prefeito, os vereadores e secretários, mas que "o buraco é mais embaixo". O problema é maior do que imaginamos, pois trata-se de algo de ordem cultural, ou seja, velhos hábitos de dezenas de anos atrás que ainda insistem em permanecer no nosso cotidiano. Coisas do tempo do coronelismo que ainda encontram-se impregnados no dia-a-dia da nossa "política" e impedem o novo de surgir. Trocando em miúdos é uma mistura do velho e do novo onde as duas coisas se fundem resultando em algo que não nos é mais útil e que nos impede de progredir.

Os tempos mudam, as coisas mudam, tudo muda e tem que ser assim também com a política. É como diz uma canção de Lulu Santos:
" Nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia... Tudo passa, tudo sempre passará".
Mas acontece que, muitas vezes, a mudança é impedida, travada, silenciada, abafada, etc. Esse processo impede que o novo se manifeste, fazendo com que tenhamos novas e boas leis e hábitos ligados ao passado impedindo qualquer novidade rumo à uma verdadeira democracia como prega nossa Constituição Federal que diz:

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Uma outra cultura política é possível!


Por Alexandre Macedo
O que transforma o velho no novo
bendito o fruto do povo será.
(Belchior)

Nesta última sexta foi publicado o texto "A força da sociedade civil organizada",  texto este que vêm sendo alvo de algumas observações a cerca da possível "radicalidade que o mesmo possa conter.

Reitero o conteúdo do texto e reafirmo cada vírgula, sem nada modificar e explicarei as razões para tal.

Em primeiro lugar, não julguei diretamente nenhum representante político relacionado ao Movimento "UFVJM é nossa!", apenas tentei evidenciar a ineficiência da "democracia representativa" (esta na qual votamos no candidato e esperamos que todas as ações partem deles). Tal sistema já, por meio da história, provou sua ineficiência, pois não funciona por si só, apenas quando é estreitamente ligada com a sociedade civil. A lógica é clara! Se o País está consolidado sob um regime democrático, logo todo poder emana do povo; assim, se não é  o povo que age como protagonista, sobrará-lhe o papel de telespectador, assistindo tudo acontecer sem poder atuar nos rumos da história.

Quando digo que representantes são como "Fuscas velhos à álcool", evidencio que precisam de bons empurrões, mas que "quando pegam no tranco", "sobem até morro de terceira". Com essa metáfora, quis destacar a importância de, a todo o momento, da atuação conjunta entre sociedade civil organizada (movimentos sociais, sindicatos, associações, estudantes, etc.) e os representantes políticos eleitos por meio do voto. Para que isso aconteça é preciso que ambas as partes se disponham  a atuar conjuntamente, cada um com seu papel. Afinal, a democracia só funciona quando há a combinação de democracia representativa e participativa (direta) dos cidadãos.

O representante político, eleito pelo povo, tem a missão de representar os interesses do povo, para isso, é preciso com que ele vá ao encontro da sociedade, reunindo reivindicações e colaborando para formular uma vontade coletiva afim de fortalecer a demanda levantada pela população. Para que isso aconteça, é preciso que o representante vá de encontro aos coletivos e colabore para legitimar seus anseios. Afinal, são muito bem pagos para isso, como salários que fogem da realidade brasileira.

Muita vezes sofremos com atuações ineficazes, com Câmaras que não fazem mais do que conceder títulos de "cidadão honorário" ou "batizar nomes de ruas", Assembleias Legislativas que mais parecem mercados com deputados usufruindo de regalias e surdos às necessidades do povo, acomodados...

A realidade precisa mudar! O segredo...Chama-se "socialização da política". É a política que decide tudo, é ela que controla a economia, que controla a saúde, a educação, o preço do pãozinho, do gás, da gasolina, etc. É justo que a política seja decidida por poucos? Será que realmente contemplam os interesses da maioria?

Diante dessa situação, qual é a saída? Há vários, mas primeiramente é preciso que a iniciativa parta da esfera representativa. Historicamente, a maioria dos brasileiros ficaram à margem das principais decisões políticas do País. Desde que Cabral apontou com a primeira caravela na Ilha de Vera Cruz, todas as principais decisões foram tomadas sem consulta ao povo, "pelo alto". Com isso, a sociedade civil, historicamente, sofreu um prejuízo em sua cultura de participação sociopolítica, ocasionando em uma tímida e fragmentada atuação política.

domingo, 25 de setembro de 2011

Contagem regressiva para o coreto sacudir...

Por Alexandre Macedo http://twitter.com/AlexandreFmsso




Me lembro, de quando ainda criança, dos tradicionais comícios que existiam na nossa região. Era uma coisa engraçada. Subíamos nos caminhões "pau-de-araras" e lá íamos para os festêres pelas zonas rurais a fora: "Vila dos Anjos (hoje Angelândia), São Caetano, Vendinhas, Chapadinha, e isso, sem esquecer de todos os bairros da cidade.

O estilo dos comícios nunca mudavam. Era sempre aquele bate-boca infernal faltando citar a mãe do outro no meio da polêmica, discursos que mais pareciam um "circo" do que política.

As festas eram animadas com farofas (quem lembra das envenenadas?), quentão, cerveja, carne em espeto-de-pau onde o povão as assava em grandes fogueiras. Nas carreatas,  gasolina de graça, ganhava quem fazia mais barulho! O Vox Populi da campanha era definido pela quantidade de carros da última carreta. Ouvíamos uns dizer: "Núúú... Mas na nossa carreata tinha carro do Alto Grande até o cafezal do Ticha"... Era uma alegria só!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Capelinha não receberá repasse do ICMS Esportivo





É no mínimo triste para todos os desportistas de nossa cidade a notícia de que Capelinha não mais receberá o repasse do ICMS Esportivo.

Postamos aqui, há alguns meses atrás, a notícia de que Capelinha receberia o repasse mensal no valor de R$ 9.355,60.

O Jornal A Cidade entrevistou o secretário de Esportes Dilson de Moraes, onde este citou a existência da verba:


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

E agora PT?

O PT realizou os objetivos a que se propunha quando se fundou como partido: elegeu e reelegeu seu principal dirigente, Lula, como presidente e elegeu sua sucessora. Conseguiu recolher o Brasil numa profunda recessão, com as desigualdades acentuadas na sociedade um Estado reduzido à sua mínima expressão, o perfil internacional reduzido à sua mínima expressão. Chegou ao final do governo Lula com a diminuição sensível das desigualdades, com o desenvolvimento econômico retomado, o Estado recuperando seu papel de indutor do crescimento econômico e se projetando como nunca no plano internacional com uma política externa soberana.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

A política tem jeito!

Por Alexandre Macedo


As eleições municipais estão próximas e é cada vez maior o número de pessoas desacreditadas na eficácia desse processo. A maioria dos eleitores estão associando a política com algo "sujo", coisa de gente "que não tem o que fazer", "todos são corruptos", etc.

Saibam que é dessa forma que os "velhos macacos" da política Jequitinhonhense querem que o eleitor pense, assim, as pessoas de bem não participarão da política e o "osso" mais uma vez fica pra eles. A mídia mostra, para nós cidadãos, uma imagem de uma política "deturpada" para que assim as pessoas de bem não queiram participar dela para transformá-la!

Diz um ditado: "A audácia dos maus se alimentam da covardia dos bons". É bem isso que acontece! Enquanto os bons pensarem que a política é para corruptos, cada dia mais o nosso país verá aumentar o número de escândalos envolvendo nosso dinheiro público. O que parece, é que a corrupção virou algo normal e corriqueiro. As pessoas veem as notícias no rádio, no jornal, na internet e outros e já não mais se importam. Pensam: Isto é normal, normal, normal... Pois é este "normal" que impede o nosso país de se desenvolver! A corrupção deveria ser algo intolerável assim como qualquer outro crime grave. A corrupção é a causa da demora do atendimento no SUS, é a causa do sucateamento das Universidades Públicas, é a causa da nossa péssima educação, é um dos principais fatores da desigualdade social, etc., caberia aqui uma lista interminável de desgraças ocasionadas pela corrupção. A corrupção causa pobreza minha gente! Dinheiro que era pra ser  investido no bem estar de muitos vai pro bolso de uma pequena corja.

domingo, 28 de agosto de 2011

Uma aula de DEMOCRACIA PARTICIPATIVA...

(Com trechos do verbete/texto de Maria Victoria Benevides e Marília Barbour - ”Dicionário da Gestão Democrática”) 

Democracia: demos = povo e kratia = poder 

Regime político que se funda nos princípios da soberania popular e da distribuição eqüitativa de poder 

Governo do povo, para o povo e pelo o povo. 

Democracia representativa e participativa e direta 

Democracia é um princípio e uma construção eterna. 

Fim dos anos 80 – instituição de um programa liberal, com um Estado mínimo e o início de um processo mundial de globalização. 

Entenda a democracia representativa




A Idéia de democracia (demos = povo e kratia = poder) como sendo um regime político que se funda nos princípios da soberania popular e da distribuição eqüitativa do poder, no século XIX recebeu o título de democracia representativa. Sendo a democracia o governo do povo, para o povo e pelo povo, a noção de representação não nasce na Grécia antiga, quando Aristóteles descreveu esta forma de governo.

Segundo Aristóteles, uma cidade (polis) jamais deveria ter o tamanho tal que seus cidadãos ao mesmo tempo não escutassem o som de uma trombeta, tocada da parte mais alta dela. Neste período a democracia era exercida diretamente pelos cidadãos que possuíam bens, portanto era uma democracia direta.

sábado, 20 de agosto de 2011

Câmara Municipal vai fazer Movimento contra a Copasa












Nós do MMC ficamos muito satisfeitos em receber essa notícia. Consideramos um grande avanço para a democracia capelinhense atitudes como estas, onde o Legislativo convoca o povo para se manifestar em repúdio aos serviços da Companhia de Abastecimento Copasa para reivindicar qualidade nos serviços prestados.

Louvável tal atitude! Na maioria das vezes, somente por meio de manifestações é possível conseguir atenção para algum problema específico, é a força do coletivo. Se cada cidadão se manifesta separadamente, a reivindicação não se valida, pois soa como um problema particular. Este tem sido o trabalho do MMC, Associação dos Moradores do Bairro Aparecida, sindicatos e outros. Buscamos levar ao conhecimento da população a importância da participação popular nos assuntos públicos, afinal, repetimos mais uma vez: "Todo poder emana do povo!" (Art. 1 Constituição Federal).

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Análise do site da Prefeitura de Capelinha


Desde o início de suas atividades o Movimento Muda Capelinha vem reivindicando que os poderes públicos de Capelinha passem a utilizar meios eficazes de comunicação com a sociedade. Além do tradicional uso do rádio e mídias impressas é importante usar a Internet para informar a população e efetuar uma gestão mais transparente. No mês de fevereiro a Câmara Municipal da cidade divulgou que em breve lançaria o seu site e até agora a promessa não foi concretizada. Há alguns dias a Prefeitura Municipal lançou o site da instituição utilizando um domínio que estava fora do ar fazia mais ou menos três anos. O endereço é:


O design do site é bem organizado, com uma área para informes da Prefeitura onde são divulgados eventos da cidade, fotos e obras executadas. Além da página principal no menu superior há os seguintes links: administração, município, secretarias, serviços e publicações, plano diretor, galeria de fotos e fale conosco.

Nos itens “Administração” e “Município” há dados sobre a cidade, localização geográfica, história e símbolos municipais, os órgãos administrativos e seus respectivos dirigentes.

domingo, 26 de junho de 2011

Corrupção, Dignidade e Direitos Humanos: O que você tem haver com isso?


Um dos maiores problemas que temos no Brasil hoje, senão o maior, é a ignorância e o desprezo aos direitos humanos. O povo brasileiro não conhece seus direitos, inclusive nossos representantes, que quando os conhecem, os ignoram. Essa ignorância e desprezo são responsáveis pela desgraça em que vivem milhares de pessoas no nosso país, e garantem a existência de um câncer na política brasileira: a corrupção. A corrupção corrompe seres humanos e corrompe direitos humanos. A corrupção causa a miséria, a carência e a pobreza, nega dignidade a milhares de seres humanos.

De acordo com o Art. 6° da Constituição Federal de 1988 são nossos direitos sociais: a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados. Esses direitos nos garantem, junto aos demais direitos fundamentais, nossa dignidade. E devemos entender dignidade como tornar possíveis e cotidianos todos os direitos a que temos direito.

E quem deve garantir esses direitos? O Estado, conforme o Art. 1° da Constituição: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: III a dignidade da pessoa humana.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O que é política?

Por Alexandre Macedo twitter.com/AlexandreFmsso

(Artigo publicado na Revista Sou Mais Minas em outubro/2009)



A palavra “política” compreende muitos significados. Esse termo pode se referir tanto às práticas adotadas por uma pessoa ou instituição como também pode representar a arte do bem governar, de cuidar das coisas públicas. Mas, neste artigo vamos tratar de política quanto ao seu sentido eleitoral. Muitos dizem que a odeiam, que querem distância dela, que é suja, etc. Na verdade, toda essa ojeriza não é quanto à política, mas sim devido à politicagem. É quanto à politicagem que devemos sentir apatia e lutar para que ela desapareça de nosso meio.

A cada período de eleições sempre conhecemos novos politiqueiros mercenários com suas habilidades e disfarces, enganando a população com falsas promessas e demagogias.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Até quando?

Por Fernando Cintra twitter.com/fernando_cintra

Hoje eu quero falar de hospitais que não funcionam, do aumento de vereadores na câmara municipal, de crianças famintas, de igrejas bitolando pessoas no horário nobre da TV, da prisão de Guantánamo, de paraísos fiscais que todo mundo finge que não vê, dos casos de AIDS na África, de um palhaço no poder. Quero falar do aumento das vagas em universidades e da deficiência na estrutura nas mesmas. Quero falar dos jovens que não estudam e que saem de casa aos 14 anos para jogar futebol na europa. Hoje eu preciso falar da nossa falta de tempo, do nosso egoísmo e do capitalismo. Do tênis que eu compro cujo valor é o mesmo que um pai de família gasta para sustentar (muito mal) os seus dependentes. Aproveitando, queria falar também do termo “classe social” que, para mim, dispensa comentários. Hoje é dia de comemorar a fusão de duas características cruciais em nossa política: “ignorância” e “poder”.

Educação? Não posso me esquecer dos jovens que exageram no consumo de álcool e drogas para preencherem um espaço vazio que eles não sabem de onde vem, da banalização do sexo e da falta de compromisso com nossos companheiros... Quero falar de um país onde falar sobre política na juventude é caretice, é falta do que fazer.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Em que momento as cidades se perderam?

Por Maria do Rosário Sampaio (Zara)


O brado francês ”liberdade, igualdade e fraternidade!” ecoara pelo mundo já em meio aos primeiros experimentos do motor a vapor inglês: estava selada uma novíssima trilha da historia que arrastando os entulhos da antiguíssima ordem, transformara o que era bucólico em frenesi.
A nova ordem se gestara num passado remoto, num processo prolongado fundado no eixo questionador do poderoso binômio reinado-clero, daí emergindo os primeiros raios do que mais tarde chamar-se-ia modernidade. A razão é tudo. A Europa, sob a força de duas revoluções, logo iria sentir os custos do progresso quando as populações de suas cidades cresciam assustadoramente enquanto a rarefação se assenhoreava do campo. (Williams, Raymond, 2011)
À ocasião, conforme Caio Prado Jr (1997), o Brasil escravocrata seguia aparentemente imune a esta nova ordem: as atividades nas minas ou na agricultura primavam pelos meios de trabalho mais atrasados e castigos idem, enquanto que no Distrito Diamantino imperava a excepcionalidade da administração direta do reino lusitano. O Brasil assim ficara até os anos 30 do século XX, década do raiar do seu processo de industrialização tardio e aceleradíssimo, que de tão jovem, ainda há testemunhas vivas.
Tudo se transformava ao som de motores muito mais potentes que os ingleses dos três séculos anteriores e o governo da época exibia, orgulhoso, a pujança de São Paulo e Rio de Janeiro em seu devir metropolitano. Tudo tão rápido quanto penoso: um desenvolvimento econômico sem liame social: a inexistência do planejamento urbano gerando o caos urbano-industrial, a concentração de renda e com ele, o trança-trança nordestino. A fatura socialmente diferenciada do progresso alcançava os brasileiros.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

A cidade dos nossos sonhos.


Por Alexandre Macedo  http://twitter.com/AlexandreFmsso


Sonhamos com uma cidade onde possamos nos sentir construtores dela, assim amaremos de verdade o que foi produto dos nossos sonhos.

Sonhamos com uma cidade onde existam várias manifestações culturais espalhadas por ela: teatro, dança, música, artesanato, culinária, costumes religiosos, folclore, leitura, etc. E que isto seja freqüente! Nossas almas se regozijam com a arte; maneira pela qual o ser humano revela suas potencialidades e se assemelham ao Criador.

Sonhamos com uma cidade livre de todo e qualquer tipo de preconceitos raciais, religiosos, de gênero, de classe social ou qualquer outro. Que o amor prevaleça acima de qualquer diferença, assim como Cristo ensina.

Que os nossos pobres tenham atenção especial por parte dos administradores, que alcancem a dignidade, sendo capacitados a garantirem o próprio sustento ao invés de contarem com simples “esmolas” que não modificarão suas vidas.

Que nossos representantes sejam transparentes, levando ao conhecimento do povo todas as suas ações e projetos para que possamos entender realmente o que se passa. Ao contrário, só poderemos deduzir, acreditando no primeiro boato que nos contam. Que convoquem audiência pública, falem através das rádios, jornais ou qualquer outro meio. Que tenham coragem de denunciar irregularidades e convidem o povo a ajudá-los a tomarem decisões coletivas. Assim como deve ser a legítima democracia.

Que eles nunca afirmem que “o povo não se interessa por política”, isso não passa de simples demagogia. O povo não foi educado politicamente a participar, não tivemos essa matéria em nossas escolas. Precisamos de projetos de conscientização e participação política que capacite os cidadãos a se inserirem nos espaços democráticos como: conselhos, associação de moradores e outros. Sem esquecer que vivíamos sob uma cruel ditadura há poucos anos atrás, onde não tínhamos o direito de expressar nossas opiniões. (infelizmente isso ainda acontece).

Que nossos representantes saibam aceitar nossas críticas. Que tenham sabedoria para entender que a sociedade só avança por meio das contradições. Quando não há críticas, o comodismo sempre vigora.