Para ganhar um Ano Novo 
que mereça este nome, 
você, meu caro, tem de merecê-lo, 
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, 
mas tente, experimente, consciente. 
É dentro de você que o Ano Novo 
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de  Andrade
Por Alexandre Macedo
Muitos perguntam: O MMC acabou?! Nada disso! A ideia está mais viva do que nunca! Desacreditar da mudança culminaria numa espécie de desesperança, desistência, cansaço, etc; coisas que não competem a todos aqueles que acreditam numa Política com "P" maiúsculo e que sabem distinguir claramente esta daquela que combatemos tanto, ou seja, a politicagem.
Realizamos uma breve pausa para debater novas ideias, planos de ação para 2012, conversar com pessoas que também partilham do mesmo ideal, etc., mas estamos de volta com o intuito de sempre, enquanto cidadãos que amam Capelinha e todo Vale, levar nossos "pitacos" políticos a fim de se lutar por, pelo menos, um mínimo de ética na nossa política. Desde o início, nossa principal bandeira têm sido a educação política, pois entendemos que política é algo que necessita de debate, informação, qualificação, críticas e reformulações para que aconteça de uma forma legítima e honesta.
Durante quase um ano de Movimento Muda Capelinha pudemos perceber a boa aceitação de todas as pessoas que verdadeiramente sonham com uma verdadeira política longe dos velhos vícios que corrompem toda a dinâmica social de nossas cidades. Pessoas estas que agora acreditam que uma outra cultura política é possível, bastando apenas não mais esperar que nossos anseios sejam todos sanados apenas pelos nossos representantes e sim também pela atuação direta do cidadão na política. Pessoas essas que entenderam que não basta apenas trocar o prefeito, os vereadores e secretários, mas que "o buraco é mais embaixo". O problema é maior do que imaginamos, pois trata-se de algo de ordem cultural, ou seja, velhos hábitos de dezenas de anos atrás que ainda insistem em permanecer no nosso cotidiano. Coisas do tempo do coronelismo que ainda encontram-se impregnados no dia-a-dia da nossa "política" e impedem o novo de surgir. Trocando em miúdos é uma mistura do velho e do novo onde as duas coisas se fundem resultando em algo que não nos é mais útil e que nos impede de progredir.
Os tempos mudam, as coisas mudam, tudo muda e tem que ser assim também com a política. É como diz uma canção de Lulu Santos:
" Nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia... Tudo passa, tudo sempre passará".
Mas acontece que, muitas vezes, a mudança é impedida, travada, silenciada, abafada, etc. Esse processo impede que o novo se manifeste, fazendo com que tenhamos novas e boas leis e hábitos ligados ao passado impedindo qualquer novidade rumo à uma verdadeira democracia como prega nossa Constituição Federal que diz: