Por Alexandre Macedo
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Uma ótima estratégia a ser adotada por nós cidadãos de Capelinha e de todo o Vale do Jequitinhonha é o fato de, a partir dessas eleições de 2012, começarmos a gravar os programas de rádio. Seja no celular ou em qualquer outra espécie de gravador (até mesmo o velho e bom toca-fitas K7 será uma importante ferramenta). Uma das tarefas de extrema importância na vida cidadã é cobrarmos dos nossos representantes as promessas feitas em campanha. Desta forma, colaboramos para que o debate político realizado nos comícios não se transforme em um evento de grandes ideias que nunca serão concretizadas, feita apenas com o objetivo de "ludibriar" quem assiste.
 Grande parte das pessoas que vão aos comícios, se fazem presentes com a expectativa de conhecer bons projetos e se tais coisas não se concretizam durante o mandato, transforma-se em pura demagogia. Tal ato faz com que o cidadão desacredite ainda mais no processo político.

 
Um fato parecido também ocorre na nossa Câmara de Vereadores. Quem assiste, pensa que a cidade dará um salto em desenvolvimento após a reunião no plenário, quando na verdade, a grande maioria daqueles projetos ficam presos eternamente ao papel. Projetos são aprovados sem ter em vista o dinheiro em caixa do município, dando a parecer que a cidade pode efetivar todos os projetos aprovados no Legislativo. Será que isso tem alguma lógica? Sentido? Depois, é fácil constatar por que as reuniões estão sempre vazias...

 
Participação política depende da maneira como a própria política é operada, portanto, para que o cidadão se interesse por ela, é bom, desde já, que várias mudanças sejam realizadas para que os munícipes se sintam motivados a participar da vida pública. Uma destas opções é fazer com que o cidadão tenha a certeza de que sua participação possa causar a diferença e não atribuir a ele o papel de mero expectador. Como fazer isso? Inaugurar espaços de interação entre os cidadãos e representantes (vereadores e prefeito) já é um bom começo, após isso, as coisas vão se ajeitando naturalmente de acordo com o consenso da sociedade. Afinal, democracia sempre traz surpresas e depende de consensos, o que a maioria decidir é o que vale. E outra, pequenos gestos, por mais insignificantes que pareçam ser, podem mudar muitas coisas.