Por Alexandre Macedo
alexandrefernandesmacedo@gmail.com
Os brasileiros ganharam nessa semana, talvez, o maior presente político de toda a história do país. Acreditem! Aprovar a Lei Limpa num país com todo esse histórico de corrupção era quase como uma lenda como "Ali Babá e os quarenta ladrões" ou " Peter Pan na terra do Nunca". Foi preciso mais do que a própria fé para acreditar que tal projeto de lei chegasse até o final integralmente aprovado, e ainda mais, válido para este ano de 2012 para as eleições municipais.
É minha gente! Essa é a prova de que o Brasil realmente tem jeito e pode acabar de uma vez por todas com todo esse histórico de corrupção que nos assola e devasta desde que as primeiras caravelas portuguesas aportaram na ilha de Vera Cruz.
O que não podemos nunca esquecer é da maneira como tal projeto foi ganhando a adesão de toda a população, sendo que foram recolhidas milhões de assinaturas por todo o país e a campanha foi divulgada através de vários meios de comunicação, principalmente a internet. Com isso, pudemos comprovar como é grande o poder da sociedade civil quando esta se articula e trabalha junto em pró de uma vontade geral.
Nós somos mais do que a classe política! Com o Ficha-Limpa colocamos nossos "representantes" no lugar deles, ou seja, no lugar onde o povo quer que eles estejam, afinal, é do povo que emana o poder! Com o projeto de iniciativa popular "Ficha Limpa" foi assim, milhões de brasileiros quiseram que políticos chafurdados na lama da corrupção não mais pudessem concorrer as eleições e assim foi. Não porque no Superior Tribunal Federal houvesse ministros "bonzinhos" (apesar do apertado placar de 6 x 4), mas sim devido à hegemonia que tal projeto havia alcançado. Não aprovar o Ficha Limpa seria como sepultar a esperança de todos os brasileiros que acompanhavam ansiosos tal sentença. Era como "queimar o filme" de toda a elite política, isso talvez fosse pior...
Nós somos mais do que a classe política! Com o Ficha-Limpa colocamos nossos "representantes" no lugar deles, ou seja, no lugar onde o povo quer que eles estejam, afinal, é do povo que emana o poder! Com o projeto de iniciativa popular "Ficha Limpa" foi assim, milhões de brasileiros quiseram que políticos chafurdados na lama da corrupção não mais pudessem concorrer as eleições e assim foi. Não porque no Superior Tribunal Federal houvesse ministros "bonzinhos" (apesar do apertado placar de 6 x 4), mas sim devido à hegemonia que tal projeto havia alcançado. Não aprovar o Ficha Limpa seria como sepultar a esperança de todos os brasileiros que acompanhavam ansiosos tal sentença. Era como "queimar o filme" de toda a elite política, isso talvez fosse pior...
Não só por esse motivo, mas porque também a nossa Lei Maior (Constituição) reza no Art. 61 em seu Parágrafo 2º que se pelo menos 1% do eleitorado brasileiro de cinco Estados diferentes assinarem em comum acordo um projeto de lei, automaticamente ele deve ser sancionado. Este processo é denominado como "Lei de Iniciativa Popular", como foi o caso do Ficha Limpa.
Penso cá com meus botões: "Quem dera se todos os brasileiros soubessem dos direitos que possuem, o país seria outro"... Cerca de 90% dos brasileiros não conhecem a própria Constituição, isso é preocupante! Por isso, devemos cada vez mais insistir em projetos que viabilizem a qualificação da sociedade civil para o exercício de seus direitos, só assim para que nosso povo alcance a autonomia e emancipação. Esperar que as coisas venham de nossos representantes, o melhor a se fazer é sentar e esperar, esperar e esperar...
Com a aprovação do Ficha Limpa ficou novamente comprovado que as coisas só são viáveis no mundo político quando a iniciativa parte da maioria, ou seja, do povo organizado. Ao invés de "colarmos" nossas bundas gordas no sofá e reclamar do governo e da prefeitura, devemos refletir: "O que temos feito para colaborar com a mudança"? Quando deixo essa indagação, muitas pessoas já logo pensam em uma passeata, nariz de palhaço, faixas, megafones, etc., (o que não deixa de ser válido...), e já acham que a única forma de colaborar é por meio de protestos públicos, não!
Saiba que o simples fato de você dialogar sobre política com seu vizinho, colega de trabalho ou familiar, já está colaborando para que sua ideia ou indignação alcance novas dimensões. O simples fato de cobrar de um vereador ou prefeito alguma necessidade para o seu bairro é um grande ato político, assim como também participar da associação de moradores do seu bairro ou outra qualquer organização que discuta problemas coletivos para serem apresentados ao Poder Executivo e Legislativo também é de enorme eficácia.
Saiba que o simples fato de você dialogar sobre política com seu vizinho, colega de trabalho ou familiar, já está colaborando para que sua ideia ou indignação alcance novas dimensões. O simples fato de cobrar de um vereador ou prefeito alguma necessidade para o seu bairro é um grande ato político, assim como também participar da associação de moradores do seu bairro ou outra qualquer organização que discuta problemas coletivos para serem apresentados ao Poder Executivo e Legislativo também é de enorme eficácia.
Falando em vereadores e prefeitos, se aproxima logo mais uma eleição municipal, e a pergunta que fica é: O que você espera dessas eleições? O que queria que fosse diferente?
É chegada a hora de não mais esperar um novo processo eleitoral, mas que nós, povo, possamos exigir novos padrões para que a eleição aconteça. Um ótimo começo seria - quando algum vereador ou prefeito pedir voto - perguntar a ele qual é o seu projeto de mandato. Não deixe se levar pela popularidade do candidato ou pela simples amizade, o fato de um candidato ser "bonzinho" não significa que será um bom político.
A história já provou que as mudanças nunca aconteceram de cima para baixo e sim o contrário. Portanto, não nos iludamos. As inovações são sempre iniciadas pela sociedade civil, outra forma não existe! Se não assim, o que nos resta é conformar. É exatamente aqui que entra nosso papel de cidadão e cidadã, em não nos conformar com uma realidade insatisfatória e procurarmos coletivamente as soluções para as possíveis mudanças. Só depende de nós.
Que os fichas-sujas elaborem outros planos, porque política não é mais com vocês!
Quem sabe um bico de vendedor de espetinho na praia, cachorro quente, instalador elétrico, etc.
Acordem! Pois a mamata acabou!
Alexandre Macedo é Assistente Social graduado pela PUCPR e pós graduando em Gestão Pública de Projetos, Programas e políticas sociais pela mesma Universidade. É também colaborador do Movimento Muda Capelinha.
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