Por Aléquison Gomes
É impossível alguém ser “Cristão” e não ser subversivo! A menos que este alguém seja apenas um mero religioso; adepto de uma igreja ou simpatizante de uma fé improdutiva e pagã. Aliás, quando digo Cristão não me refiro apenas aos freqüentadores de igrejas; nem aos defensores de reinos pessoais; nos quais alguns chamam de “obra”.
Mas falo de Cristãos mesmo: Seguidores do Reino invisível, homens em quem cujo modelo de vida se remete aos ensinos fundamentais e radicais de Cristo; o maior dos revolucionários!
Se analisarmos o contexto histórico dos primeiros seguidores do “Caminho” (Como os primeiros Cristãos eram conhecidos); entendemos que no passado ganharam fama de agitadores; intrigantes, desafiantes da ordem imposta! Não porque o eram propositadamente, mas porque aonde chegavam espontaneamente se instalava a desconstrução, a mudança de mente, o apelo pelo fraco e frágil.
Isso deixava os governantes, tremendamente desconcertados!
Um exemplo claro; é a viagem de Paulo a uma antiga Cidade chamada Éfesos! Em três meses palestrando nos ambientes religiosos locais; já não o suportavam mais! E o proibiram de falar na sinagoga. (Sinagoga era como se fosse uma igreja) É assim mesmo: A revolução traz instabilidade para os amantes do poder. Então; o apóstolo muda suas reuniões para uma escola próxima, onde continua por mais dois anos desafiando as multidões a negarem o sistema; a combaterem com todo sentimento as estirpes da injustiça social e a taparem os ouvidos para os enganadores oportunistas que aproveitavam a simplicidade do povo; pra aumentar seus ganhos!
Resumindo para você; a passagem de Paulo por essa Cidade culminou em tensão social. Para os cidadãos de bem isso representava: Uma luz, um Caminho, um novo modelo de vida. Para os manipuladores filhos do oportunismo: O absurdo, a pedra no sapato; uma vírgula para seus negócios, um prejuízo, o sinal de falência financeira, a queda do Clero.
E pense comigo; porque isso não acontece mais? Se nos dizemos; “Cristãos” Quando nos transformamos em grandes frouxões?
As Cidades primitivas tinham suas dificuldades e ambigüidades; é verdade. Mas as Cidades do nosso tempo, também não são diferentes, continuam gemendo, sedentas por gente que tenha a coragem de temperar a terra com bem. O Nosso problema é que somos Cristãos esquentadores de bancos de templos, bajuladores de lideres, massa contabilizável, figurantes de eventos sacros.
Achamos que a política não é assunto nosso; nem os dilemas sociais! É por isso que nos tornamos papagaios viciados em crenças, ritos e nada mais!
À hora é agora, não da mais para esperar! Saiamos do nosso mundinho protegido por falácias. E vamos ao trabalho. Porque a Seara é grande o que faltam são trabalhadores disponíveis!
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