sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Artesãos de Turmalina exportam seus produtos pela primeira vez

Projeto piloto de Comércio Justo do Sebrae-MG proporciona contato direto entre comprador europeu e artesãos mineiros


Artesãos do Vale do Jequitinhonha e do distrito de Santo Antônio do Leite (Ouro Preto) receberam a primeira encomenda de mais de 1.500 produtos de uma grande distribuidora europeia. A iniciativa integra as ações do projeto piloto desenvolvido pelo Sebrae-MG para aumentar a participação do artesanato mineiro no mercado internacional.

Imagens retiradas do blog Bonecas do Vale da
artesã capelinhense Maria Aparecida
A compradora é a Barbosa do Brasil, empresa holandesa que distribui produtos genuinamente brasileiros a uma grande rede de mais de mil lojas de presentes, chamada World Store, na Holanda e na Alemanha. Nesta rede, considerada uma das maiores do mundo, são vendidas peças que seguem os princípios do Comércio Justo, como: o respeito ao meio ambiente, à legislação trabalhista, transparência na gestão e ao rígido controle de qualidade. “Somos a única importadora européia de artesanato de Comércio Justo no Brasil”, diz Frieda Lammerds, da Barbosa do Brasil .


Do blog  Bonecas do Vale
De acordo com Frieda, o consumidor europeu está cada vez mais exigente em relação aos produtos feitos de maneira socialmente justas, economicamente viáveis e ambientalmente corretas. “Eles compram produtos com qualidade e práticos, mas também querem saber como foi produzido”, conta.

O Catálogo de Artesanato Minas Gerais, criado pelo Sebrae-MG para estimular as vendas do artesanato mineiro, foi encaminhado à empresária que se impressionou com a qualidade e o design da cerâmica produzidas nas comunidades de Coqueiro Campo e Campo Alegre, no Vale do Jequitinhonha.

Frieda fez questão de vir a Minas Gerais para conhecer os produtos e escolher as peças. Mil e quinhentos produtos entre travessas, moringas, vasos, pesqueiras, copos, bonecas e galinhas feitos em cerâmica foram encomendados para as artesãs. “É um sonho ter nossos produtos nas vitrines de lojas internacionais”, diz a presidente da Associação dos Artesãos de Campo Alegre, Eunice Pinho.

A iniciativa de proporcionar o contato direto do artesão com o comprador faz parte do projeto do Comércio Justo do Sebrae-MG. O projeto piloto também inclui a participação dos artesãos de Santo Antônio do Leite que produzem semi jóias com pedras preciosas. Em um primeiro contato com o grupo, Frieda Lammerds repassou informações sobre as exigências do consumidor europeu e identificou o produto com potencial para exportação. “Vamos testar a aceitação destes produtos no mercado europeu. Se der certo iremos aumentar nossas encomendas”, afirma a compradora.

Comentário: Alguns contatos foram feitos pelo MMC com algumas artesãs bonequeiras de Capelinha e estas reclamaram da falta de apoio da Prefeitura e Secretaria da Cultura. Afirmaram que as artesãs da comunidade de Campo Alegre (Turmalina) são amparadas pelo SEBRAE, entidade essa que dá enorme visibilidade ao trabalho das artesãs do  local. Já em Capelinha, destacaram que não existe nenhum apoio à elas para que possam levar o trabalho que realizam a outras regiões do Estado e do País e assim, poderem aumentar as demandas para que possam comercializarem o produto.

Pedimos a Prefeitura Municipal, especialmente à Secretaria de Cultura para que olhe com atenção para esta realidade e possam elaborar projetos que garantam a visibilidade do artesanato capelinhense em outras regiões e também a articulação do trabalho junto ao SEBRAE como acontece na comunidade de Campo Alegre.

Sabemos que em Capelinha já existe o Proarte, onde algumas artesãs expõem seus trabalhos à população, mas que ainda é um esforço muito incipiente perante ao que é possível de ser alcançado, como é o caso de Campo Alegre.

Com informações do  Portal Inteligemcia

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