Há alguns dias, o MMC tornou público um desejo já antigo dentro de sua proposta,
na busca por uma atuação transparente a serviço de um processo eleitoral que,
pela primeira vez, favorecesse o eleitor capelinhense.
Diante
de uma eleição turbulenta, fruto de uma história política recente
não menos confusa, identificamos imediatamente a necessidade urgente de trazer
ao povo o maior número de informações confiáveis possível, de modo a possibilitar
condições para que as pessoas pudessem exercer seu direito de cidadania melhor
informadas, desembaraçadas das tantas mentiras e boatos que povoaram nossas
ultimas eleições.
Nesse meio,
surgiram algumas postagens extremamente relevantes e bem recebidas pela
população, demonstrando "verdades" que se escondiam sob o véu dos
gritos de palanques e sobre o preço pago por certos silêncios. Mas, como viemos
a perceber, isso não bastava. Era importante, urgia, por assim dizer, "ouvir"
a fonte última que interessava a todos nós nesse processo eleitoral, os nossos
candidatos.
Nasceu assim, o
embrião para as questões que viemos a propor há duas semanas, buscando saber de
Pedro Vieira e Gelson Cordeiro quais eram seus reais propósitos, o que queriam
fazer na prefeitura do município, como se comportariam como administradores
públicos e, acima de tudo, o que tinham a dizer sobre todas os episódios
vergonhosos dos quais foram personagens nos últimos dois anos.
Após algumas
discussões, decidimos estabelecer um mesmo número de perguntas para os dois
candidatos, interrogando sobre todos esses pontos, de modo a colocá-los, por
princípio mesmo de democracia, em patamares de igualdade, dando aos dois o
mesmo espaço.
Essas perguntas,
elaboradas com a colaboração do povo da cidade, através da internet,
demonstrava uma chama pequena mas indiscutível de esperança que "renascia
da indignação" de todos os sufocados por tantos silêncios e engodos. Para nenhuma
surpresa, entretanto, numa atitude de completo desrespeito, não ao MMC, mas ao
povo da cidade que pretendem governar, os candidatos simplesmente resolveram,
após receberem as perguntas, que não iriam respondê-las.
Só conseguimos
entregar as perguntas para Gelson Cordeiro indo pessoalmente ao seu comitê
eleitoral. No dia seguinte recebemos uma resposta por telefone de que sua
coligação não tinha interesse em dar a entrevista. Afirmara, porém, que
responderiam as perguntas desde que fosse em um debate. O certo é que um
"não" definitivo não veio a ser dado pela coligação de Pedro Vieira,
a qual simplesmente não deu uma resposta até o prazo final que havíamos
estipulados.
Indignados, por
falta de palavra mais forte que traduzisse nosso sentimento, reunimo-nos na
véspera do término do prazo e decidimos esperar mais uns dois dias. Como a
resposta não veio, optamos pela publicação das perguntas sem as respostas,
conforme as regras que previamente havíamos divulgado tanto aos candidatos quanto ao
público que nos acompanha.
Unimos, ali,
nosso grito ao dos capelinhenses que, também indignados, fizeram com que nosso blog tivesse uma "explosão" de visualizações
com aquelas postagens. Como citávamos em um outro texto sentíamos que naquela
momento se cumpria uma profecia: "Nada é mais poderoso que uma ideia cujo
tempo chegou.”
Tamanha
repercussão veio a atormentar a coligação de Pedro Vieira
que, por pressão do povo, repita-se bem, DO POVO, viu-se obrigada a enviar
as respostas ontem (dia 26), mas o prazo final já findara... O Movimento
entendera que a não manifestação dentro do tempo previamente determinado era
uma recusa e já havia divulgado essa interpretação em suas mídias.
A chegada da entrevista, entretanto, provocou um processo que o Movimento ainda não
experimentara nessas eleições: a necessidade de tomar uma decisão sobre o que
fazer com aquelas respostas. Um grande debate envolveu os colaboradores do MMC
que procuraram considerar sobre os efeitos positivos e negativos de se publicar ou não a entrevista.
Por um lado,
havia o receio de que o fato se tornasse mais um elemento de retórica
politiqueira, de que o Movimento pudesse ser usado pelo grupo político de Pedro
Viera para autopromoção. Por outro lado, o Movimento tinha em mãos informações
de interesse coletivo que deviam de alguma forma ser divulgadas. Embora tivéssemos
a certeza de que as regras que foram enviadas junto com os questionamentos
estavam claras desde o início, entendemos que não publicar as respostas poderia
sugerir que os regulamentos que elaboramos estavam acima do próprio exercício
democrático. Ou seja, as informações enviadas pela coligação de Pedro Vieira
não pertenciam apenas ao Movimento, mas eram de interesse do povo.
Buscando colocar
em prática um ideal que ocupa lugar central entre os princípios do MMC – a
transparência – resolvemos externar publicamente nosso incômodo com a
situação. A entrevista com Pedro Vieira será publicada, mas é bom que se saiba
que é necessário muito mais comprometimento de nossos políticos locais para que
Capelinha melhore seu patamar dentro da dinâmica democrática brasileira.
Hoje, às 18
horas, o MMC publicará a entrevista com Pedro Viera.
Parabéns ao MMC! Que continuem sendo a pedra no sapato de TODOS os políticos de Capelinha! Continuem assim!
ResponderExcluircomo terá sido as respostas do 45? fiquei curioso agora
ResponderExcluirNa boa. Quando vocês forem justificar as coisas aqui no blog. Pelo amor de Deus, sejam breves. Ninguém tem tempo nem paciência de ficar lendo tanta coisa, enquanto se poderia ser mais breve. Pensem nisso. Sejam mais práticos. Com certeza muitos deixaram de acessar o blog por causa das matérias muito logas.
ResponderExcluirMuito obrigado pelo feedback! Essa foi uma das nossas preocupação ao publicar essa postagem. Na verdade todas as nossas últimas publicação têm sido pautadas por essa ideia, ser simples e direta. Mas para essa "justificativa" (como você a nomeou) sentimos a necessidade de explicar bem a situação. No entanto, essa postagem, apesar de longa, foi muito lida/repercutida! Continue a mandar seus comentários!
ExcluirSr. Candidato a reeleição Pedro Vieira,o que o senhor tem a dizer sobre o concurso ocorrido em Capelinha,na qual teve que ser cancelado por fraudes internas de funcionários da prefeitura de capelinha?
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