Por Alexandre Macedo e Douglas Lima
Chegou o grande dia da decisão do Conselho Universitário (Consu) e, enfim, recebemos uma boa notícia: a UFVJM realmente é nossa! Um momento a ser comemorado por todos nós, pois é essencialmente histórico. Nunca na história do Vale, houve um coletivo tão combatente em prol de uma causa como aconteceu no caso da UFVJM.
Cidadãos, prefeitos, vereadores, deputados, empresários e outros se uniram todos em torno desse objetivo tão nobre e importante à todos os Jequitinhonhenses: o sonho de ter uma Universidade Federal instalada em nosso território.
Foi uma luta árdua, com vários embates com o reitor, que envolveu busca por apoio político e articulações com pessoas que, de uma maneira ou outra, ajudaram a fazer com que o grito do povo do Vale reverberasse. Luta também que contou com o grande apoio das mídias impressas e virtuais do Vale e recolheu milhares de assinaturas em abaixo-assinados. Sem também esquecer das várias reuniões, onde muitos cidadãos discutiram estratégias para que esta indicação se concretizasse.
Em todo este processo, não devemos nunca nos esquecer de uma lição tão importante aprendida nessa empreitada: a de que sem uma sociedade civil organizada e atuante é impossível uma grande conquista. Nada acontece quando a sociedade civil deixa de exercer seus direitos civis e políticos.
Para quem não se lembra, a luta pela UFJM foi iniciada por cidadãos comuns, indignados com a decisão do MEC-Sesu de criar campi universitários em cidades de outras regiões. O fato ganhou rapidamente grande repercussão, iniciada pelos blogs e também por usuários do Facebook (onde maior parte das estratégias foram traçadas). Quando a ideia ganhou força entre a sociedade civil, a sociedade política foi despertada, e a partir de então, começaram a surgir os primeiros representantes do Executivo e Legislativo Municipais e Estaduais a apoiar a causa. Sociedade civil e política, a partir de então, formaram uma parceria, na qual unidos, chegaram ao resultado que se deu definitivamente na tarde do dia 16 de março.
A intenção desse texto é justamente despertar para essa realidade. Sem a nossa participação na vida social de nossas cidades e Estado não existe dinâmica política eficiente. Desta vez, tivemos a certeza de que não se pode mais esperar com que as coisas aconteçam somente por meio de nossos representantes, pois é a sociedade civil que deve impulsionar o trabalho destes. Afinal, o nome “representante” não é por acaso. Tal denominação é dada justamente porque somos representados por eles. Seremos representados verdadeiramente quando manifestarmos a nossa vontade por meio de nossas reivindicações. Quando nos calamos a representação não vai existir e a partir disso, deixaremos a responsabilidade somente aos nossos representantes, que nunca darão conta de todos os nossos anseios.
Portanto, é chegada a hora de mudarmos essa dinâmica de uma vez por todas. Por isso, é importante a criação de Associações de Bairros, clubes de mães, grêmios estudantis e outras organizações para que se inaugure uma sociedade civil articulada e conectada ao que acontece em nosso meio político.
Portanto, é chegada a hora de mudarmos essa dinâmica de uma vez por todas. Por isso, é importante a criação de Associações de Bairros, clubes de mães, grêmios estudantis e outras organizações para que se inaugure uma sociedade civil articulada e conectada ao que acontece em nosso meio político.
São muitos os trabalhos que podemos desenvolver como: fiscalização de verbas, cobrança de promessas eleitorais, reunião com representante para cobrança de melhorias, etc.
Afinal, nós cidadãos podemos fazer muito por nossas cidades por meio do exercício de nossa cidadania. Que essa conquista seja apenas o início de grandes lutas que travaremos também em outras áreas como a tão precária saúde pública, habitação, lazer, cultura, saneamento básico e outros.
Juntos, podemos muito! Quando o povo quer e reivindica não tem outro jeito!
Juntos, podemos muito! Quando o povo quer e reivindica não tem outro jeito!
Finalizamos parabenizando a todos aqueles que se envolveram diretamente ou indiretamente na luta pela indicação de Capelinha como polo da UFVJM. Sabemos que a batalha foi vencida, mas a guerra ainda continua. Que sigamos incansáveis em todo este processo, pois a vitória já está no papel, restando agora a concretização de fato. E esta parte ainda necessita muito de nossa luta. Avante todos! Pois o futuro sinaliza bons tempos...
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