quinta-feira, 28 de julho de 2016

As eleições 2016 estão chegando...


Por Alexandre Macedo*

Um recado à população capelinhense...

É chegada a hora de mais uma Convenção Partidária que definirá e anunciará quem serão os candidatos e candidatas que concorrerão ao pleito municipal nas eleições para o Poder Legislativo e Executivo de Capelinha. As duas convenções às quais se tem conhecimento  ocorrerão nesse próximo sábado, dia 30/07. Não são objetivos desse texto informações mais detalhadas sobre os dois eventos.

Mais do que esperarmos a divulgação sobre quem serão os candidatos por A, B ou C é importante que tenhamos em mente quais serão os desafios que tais candidatos terão a frente de nosso município e, atentos a essas necessidades, elegermos aqueles(as) que firmarem compromisso com nossas demandas. E que depois de eleitos(as), sejam fiscalizados e cobrados sobre as ações de seus planos de governo.

Mais importante do que aguardamos grandes promessas (melhorias na saúde, educação, esporte, etc.) é essencial nos atentarmos ao “como” tais ações irão se concretizar. Sendo assim, o maior desafio que os(as) candidatos(as) têm pela frente será o de democratização da gestão. Findou-se o tempo em que a administração pública baseava-se na tecnocracia. Em Capelinha, precisamos de um novo modelo  de gestão da coisa pública que contemple a partilha do poder com os cidadãos e cidadãs de nossa cidade. Necessário é a implantação de uma governança participativa que seja horizontal com os interesses e demandas da nossa população da cidade e do campo. Desperdiçado será o voto dado a quem imagina que não necessita da população, dia-a-dia, para administrar e contemplar as reais necessidades de nossa cidade.

Para isso, não bastam apenas promessas fantasiosas, mas sim apontar através de qual meio a gestão irá ouvir e sistematizar as demandas da população. E não basta só ouvir e sistematizar, mas também prestar contas mensalmente aos munícipes sobre o status de cada encaminhamento. E isso poderá se dar por meio dos Conselhos Gestores (saúde, educação, assistência social), por meio da metodologia do Orçamento Participativo, prestação de contas da caixa-preta orçamentária do município, audiências públicas constantes, dentre outras e inúmeras formas de participação existentes e outras que poderão ser inventadas pela população e pela gestão. Afinal, a democracia só se consolida com canais de participação e total transparência de orçamento e de ações.

Uma breve palavra aos pretensos candidatos...

Para estar à frente do Poder Público é preciso ser humilde. É preciso reconhecer que o fato de vestir paletó e gravata não fará de você, pretenso candidato, um super-herói que agora possui superpoderes para adivinhar, interpretar e entender todas as demandas da população. Desça do pedestal do seu falso status de “autoridade”, arregace suas mangas e reconheça-se como mero empregado(a) do povo desde já. E se você é empregado(a), obrigação sua é, a todo momento, escutar o que sua autoridade tem a dizer e reivindicar. Mas não faça isso de forma individualizada, crie métodos de participação oficial como é o caso dos exemplos citados no parágrafo acima.