Por Alexandre Macedo*
Um recado à população capelinhense...
É chegada a hora de mais uma Convenção Partidária que
definirá e anunciará quem serão os candidatos e candidatas que concorrerão ao
pleito municipal nas eleições para o Poder Legislativo e Executivo de
Capelinha. As duas convenções às quais se tem conhecimento ocorrerão nesse próximo sábado, dia 30/07. Não
são objetivos desse texto informações mais detalhadas sobre os dois eventos.
Mais do que esperarmos a divulgação sobre quem serão os
candidatos por A, B ou C é importante que tenhamos em mente quais serão os
desafios que tais candidatos terão a frente de nosso município e, atentos a
essas necessidades, elegermos aqueles(as) que firmarem compromisso com nossas
demandas. E que depois de eleitos(as), sejam fiscalizados e cobrados sobre as
ações de seus planos de governo.
Mais importante do que aguardamos grandes promessas
(melhorias na saúde, educação, esporte, etc.) é essencial nos atentarmos ao “como”
tais ações irão se concretizar. Sendo assim, o maior desafio que os(as)
candidatos(as) têm pela frente será o de democratização
da gestão. Findou-se o tempo em que a administração pública baseava-se na
tecnocracia. Em Capelinha, precisamos de um novo modelo de gestão da coisa pública que contemple a
partilha do poder com os cidadãos e cidadãs de nossa cidade. Necessário é a
implantação de uma governança participativa que seja horizontal com os
interesses e demandas da nossa população da cidade e do campo. Desperdiçado
será o voto dado a quem imagina que não necessita da população, dia-a-dia, para
administrar e contemplar as reais necessidades de nossa cidade.
Para isso, não bastam apenas promessas fantasiosas, mas sim
apontar através de qual meio a gestão irá ouvir e sistematizar as demandas da
população. E não basta só ouvir e sistematizar, mas também prestar contas
mensalmente aos munícipes sobre o status de cada encaminhamento. E isso poderá
se dar por meio dos Conselhos Gestores (saúde, educação, assistência social),
por meio da metodologia do Orçamento Participativo, prestação de contas da
caixa-preta orçamentária do município, audiências públicas constantes, dentre
outras e inúmeras formas de participação existentes e outras que poderão ser
inventadas pela população e pela gestão. Afinal, a democracia só se consolida
com canais de participação e total transparência de orçamento e de ações.
Uma
breve palavra aos pretensos candidatos...
Para estar à frente do Poder Público é preciso ser humilde.
É preciso reconhecer que o fato de vestir paletó e gravata não fará de você,
pretenso candidato, um super-herói que agora possui superpoderes para adivinhar,
interpretar e entender todas as demandas da população. Desça do pedestal do seu
falso status de “autoridade”, arregace suas mangas e reconheça-se como mero
empregado(a) do povo desde já. E se você é empregado(a), obrigação sua é, a
todo momento, escutar o que sua autoridade tem a dizer e reivindicar. Mas não
faça isso de forma individualizada, crie métodos de participação oficial como é
o caso dos exemplos citados no parágrafo acima.