Em 1998 se iniciou em Capelinha uma obra que
jamais foi concluída: o ginásio poliesportivo localizado no Bairro Vista
Alegre. Em julho daquele ano o Ministério do Esporte liberou para a Prefeitura
Municipal de Capelinha, na época comandada por Gelson Cordeiro, o valor de
R$200.000 para realização do complexo esportivo, conforme está detalhado no
Portal da Tranparência.
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| "Coliseu" de Capelinha: um monumento ao descaso com recursos públicos |
A estrutura básica do ginásio ficou pronta, mas a
obra nunca serviu a seu fim original. De uns anos pra cá o ginásio passou a ser
conhecido como “coliseu”, uma alusão à semelhança com um dos maiores símbolos
da milenar cidade de Roma.
Após a cassação de Gelson Cordeiro, em 2005 a
Prefeitura iniciou um processo na Comarca de Capelinha para tentar reaver os
recursos não aplicados na obra.
Depois de todos esses anos, o processo parece
estar ainda longe do final, mas uma decisão publicada no site do Tribunal de
Justiça de Minas Gerais pode indicar que haverá uma conclusão favorável aos
cofres públicos.
No último dia 13 desse mês, o TJ julgou
procedente em parte o pedido da prefeitura e condenou Gelson Cordeiro a pagar
ao Município a importância não aplicada nas obras. Além disso, a decisão estabelece que a quantia deverá “ser atualizada monetariamente pelos índices da
tabela da Corregedoria-Geral de Justiça do [Estado] de Minas Gerais a partir da
presente data e acrescida de juros de mora de 1% ao mês desde a citação”.
Em todos esses anos o “coliseu” de Capelinha foi
um verdadeiro monumento ao mal uso dos recursos públicos em nossa cidade.
Moradores do entorno periodicamente reclamam que o espaço serve à atividades
ilícitas e que colocam em risco a segurança da população. Algumas poucas
iniciativas utilizaram o espaço de forma positiva, como em 2011 quando o
“coliseu” foi palco de uma festa beneficente no dia das crianças.
Durante as eleições desse ano a coligação de
Gelson Cordeiro registrou em seu Plano de Governo que uma de suas metas, caso
eleito, era concluir o ginásio.
O fato é que depois de tantos anos, dadas as
condições atuais, é difícil conceber que um dia o “coliseu” de Capelinha se
tornará realmente um ginásio poliesportivo. Mas nada impede que a Justiça
entenda a indignação dos cidadãos capelinhenses e exija uma reparação dos
responsáveis por esse desperdício de recursos públicos.
"Monumento ao mal uso dos recursos públicos" - a melhor definição para essa aberração que é o coliseu de Capelinha!
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